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"Do muito que falou, se perdeu o homem. Mas do pouco que escreveu, aprendeu o menino."
Nilo Mendes

quarta-feira, 12 de outubro de 2011

“ Ao Mestre com carinho...”


   “O prazer de desvendar o mistério das letras só não é maior do que para aquele que as lê...Pois quem ensina tem que amar o que faz,sentir e dar  valor na sua missão,mesmo quando não é valorizado por seus aprendizes.
   Quando eu,através dos ensinos que a minha mãe(minha 1ª professora) me passava,consegui escrever o meu nome e aprendi a unir as letras e assim,formar palavras;compreendi um dos maiores milagres que um pessoa pode fazer por alguém:Ensinar!!!
    À você querido Professor e amado Mestre,meu eterno reconhecimento por tão linda e árdua missão!Você também é responsável pela alegria do saber...!”
             “ A sala de aula é o seu habitat,
               A àrea em que a todos domina,
               Com um olhar de quem tudo sabe;
               Aos seus aprendizes,ensina...

               Unindo letra por letra,
               O mistério da palavra é revelado,
               À olhos e ouvidos atentos;
               O segredo da leitura é ensinado...

               Somando um número ao outro,
               Chega-se à um resultado certo,
               No campo do Mestre e do aluno,
               Aprender  vira um jogo aberto...

               Ao escrever estes versos,
               Penso no mais sublime amor;
               Na relação de aprendizado,
               Entre o aluno e o Mestre.Você...Professor!”
15/10/2007                                                                                                      Nilo Mendes.

quarta-feira, 5 de outubro de 2011

“ Não apresse o rio...!”


   “ Não apresse o Rio” é o título de um livro que chamou a minha atenção ,certa vez em que estive na Biblioteca Municipal(eu li quase todos os livros de romances e ficção que havia ali).
    Peguei o livro na prateleira e o folheei,mas o seu conteúdo não me satisfez e o devolvi.
    Durante dias aquele título não me saiu da cabeça,da minha mente e certa noite,estava sentado em minha cama lendo e lembrei-me do livro.Me fiz a seguinte pergunta:Como pode alguém apressar um Rio?Fiquei algum tempo pensando e não encontrei  nada que pudesse  responder a minha pergunta e satisfazer  aquela sensação esquisita que se apossa de mim,quando fica em minha vida,algo sem explicação...
   Fiquei pensando por vários dias sobre este tema e sempre que ia à Biblioteca,dava um jeitinho de ir até aquele livro e ver se alguém o pegou para lê-lo.Mas ele estava sempre lá,como a me desafiar...
   De tanto pensar;cheguei a conclusão de que o homem pode atrasar a velocidade de um Rio,ao construir Hidroelétricas,barragens,represas ou desviando o seu curso.Mas nunca o apressar...!
   Trabalhava,ia à Igreja e voltava prá casa com aquele pensamento e nunca deixei que as pessoas a minha volta soubessem  dos meus devaneios sobre apressar um Rio.Com certeza não me aprovariam,caso viessem a saber...Pensando ser  eu um Rio,imaginei-me o São Francisco,grande,imponente e mineiro;em sua nascente,na Serra da Canastra-Minas Gerais.Ele começa com um filete de àgua e que,ao descer a Serra,vai  aumentando  o seu volume de àgua até se transformar no imenso Rio,que mata a sede e leva a fertilidade à várias Cidades do Brasil.
   Ainda sendo o Rio,vejo muitas pessoas e animais que vêm matar a sede nas margens.Àrvores pequenas ou  imensas  que com suas raízes tiram  da àgua o seu alimento.O Rio continua à correr,passando por Cidades e vilas que jamais poderia imaginar que existiam.Em minhas margens presenciei  casais fazendo juras de amor eterno e outros que vinham aumentar o volume de minha àgua,com suas lágrimas de despedidas e de amores não correspondidos...Lembrei de mim,das minhas dores, lágrimas e solidão...
   Um dia cheguei ao mar e pensei que era o fim.Que ali findaria a minha existência.Me enganei,pois o Sol, que nos dias me aquecia,também evaporava a minha água e a fazia subir em forma de vapor,para que,depois de um tempo,voltar em forma de chuva e assim,começar tudo de novo,com um sorriso de esperança à marcar a minha eterna passagem pela vida...
    Ai eu aprendi.O porque de não apressar o Rio...
    Não apresse o Rio.Pois ele corre sozinho...(como eu).
    Não apresse o Rio.Pois ele corre sozinho...!”
         09/10/2007                                                                      Nilo Mendes.