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"Do muito que falou, se perdeu o homem. Mas do pouco que escreveu, aprendeu o menino."
Nilo Mendes

quarta-feira, 28 de março de 2012

“ Memórias!”


   “ Não me lembro muito bem de como tudo começou.Apenas sinto pequenas lacunas de lembranças entre um espaço de tempo,no que alguns chamam de memórias de uma vida.
     Estas lembranças me chegam sempre em forma de sonhos e eu,nem sempre  estou dormindo,apenas pensando...Não entendo,mas sinto que algumas destas lembranças me cobram por algo que fiz ou que deixei por fazer.Não importa o motivo,apenas parecem cobrar.Então,eu me pergunto: por quê?
     Você já se perguntou o por quê de alguém nascer,viver,prá depois morrer?Ou por quê você acorda todos os dias para continuar a fazer hoje,quase tudo o que fez ontem?Ou mesmo  por quê a maioria das pessoas juram perante um padre ou um pastor,amar e cuidar da pessoa com quem está se casando,na tristeza e na felicidade,na fartura e na falta de tudo,na doença e na saúde e depois de um tempo,se esquecem do que jurou e cada um vai seguir por rumos diferentes,simplesmente porque o amor acabou?
     Eu apenas deixei exposto algumas perguntas em evidências,para que você saiba que,por mais simples que possam parecer,as perguntas são tão importantes quanto as respostas e que uma nunca existiria sem a outra.A verdade é que nós passamos pela vida de uma maneira indiferente à elas e que por isso,muitos erros são cometidos por nós em cada curva desta longa estrada.Faça perguntas e tente respondê-las com justiça e compreenderá que existe sempre uma resposta para aquilo que te aconteceu e que você ainda não conseguiu entender.
     Eu tenho andado por esta estrada e nem me lembro à quanto tempo faz em que tudo começou.Quando me sinto cansado de mim,paro e me sento debaixo de uma árvore,pois sei que as lembranças virão em minha mente e por mais que eu possa ver que a estrada continua lá,na minha frente,a minha parada se faz nescessária para que eu consiga encaixar as minhas lembranças,que são como pequenas peças de um grande quebra-cabeças,que lá,no fim dos tempos,vão me dizer a razão de eu nascer,estar vivendo,para em um dia qualquer,morrer...
    E o melhor de tudo é saber que ainda não será o fim e que as lembranças continuarão em nossas mentes,como a dizer que as memórias escritas podem ultrapassar os mistérios do tempo,dando uma única oportunidade de quem as lerem,ter um conhecimento do que aconteceu em épocas longícuas,nas quais,a mente humana encontrará nos arquivos-morto de uma sociedade à muito,excluída pelo próprio homem,na vã tentativa de querer ser mais do que lhe foi permitido ou de desejar possuir muito mais do lhe foi concedido por Deus.
     Eu escrevi  “Memórias” simplesmente por ter a certeza de que nada nesta vida é eterno para aqueles que não tem fé e que onde a minha voz não possa alcançar,as palavras escritas chegarão  em tempo de um recomeço,para que a continuação de se lembrar do que nunca vamos esquecer,seja perpetuada em nossos corações,como uma dádiva divina em forma de uma bússula à nos indicar o caminho certo,em tempos difícies de saber amar onde a dor impera.Memórias são lembranças que o tempo nunca apagará...” 11/09/2011                                                                                                        Nilo Mendes.

2 comentários:

  1. A casa da saudade chama-se memória: é uma cabana pequenina a um canto do coração.lindo texto ...

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  2. E esta cabana existe no coração de todos...Obrigado!

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